História
Pré-História
Território habitado já na Pré-história como atestam vestígios encontrados nas regiões das Lundas, Congo e o deserto do Namibe, apenas milhares de anos mais tarde, em plena proto-história, receberia povos mais organizados. Os primeiros a instalarem se foram os bochimanes – grandes caçadores, de estatura pigmoide e claros, de cor acastanhada.
Migrações Bantu
No início do século VI d.C., povos mais evoluídos, de cor negra, inseridos tecnologicamente na Idade dos Metais, empreenderam uma das maiores migrações da História. Eram os Bantu e vieram do norte, provavelmente da região da actual República dos Camarões. Esses povos, ao chegarem a Angola, encontraram os Bochimanes e outros grupos mais primitivos, impondo-lhes facilmente a sua tecnologia nos dominios da metalúrgica, cerâmica e agricultura. A instalação dos Bantu decorreu ao longo de muitos séculos, gerando diversos grupos que viriam a constituir-se em etnias que perduram até aos dias de hoje.
Império do Congo
A chegada dos portugueses em 1482 atracaram na margem do Rio Zaire, sob o comando do navegador Diogo Cão. A partir desse marco, os portugueses passaram a conquistar não só Angola, mas também outras paragens na costa ocidental de África. Ja instalada a primeira grande unidade politica do território, passaria a história com o Reino do Congo, com quem os portugueses estabeleceram aliança. A Colónia portuguesa de Angola formou-se em 1575 com a chegada de Paulo Dias de Novais com 100 familias de colonos e 400 soldados. Paulo Dias de Novais foi o primeiro governador portugués a chegar a Angola, que tinha como principais acções explorar os recursos naturais e promover o tráfico negreiro (escravatura) formando um mercado extenso.
Presença Europeia
A partir de 1764, de uma sociedade esclavagista passou-se gradualmente a uma sociedade preocupada em produzir o que consumia. Em 1850 Luanda já era uma cidade, repleta de firmas comerciais e que exportava conjuntamente com Benguela oleos de palma e amendoim, cera, goma copal, madeiras, marfim, algodão, café e cacau, entre outros produtos, Milho, tabaco, carne seca e farinha de mandioca começariam igualmente a ser produizidos localmente. Estava a nascer a burguesia em Angola. Entretanto, em 1836, o tráfico de escravos era abolido e em 1844, os portos de Angola seriam abertos aos navios estrangeiros.
Conferência de Berlim
Com a conferència de Berlin, Portugal viu-se na obrigação de efectivar de imediato a ocupação territorial das suas Colonias. O território de Cabinda, a norte do rio Zaire, seria também conferido a Portugal, graças à legitimidade do Tratado de Protectorato de Simulambuko, assinado entre os reis de Portugal e os principes de Cabinda, em 1885. Depois de uma inplantação morosa e complicada, o final do século XIX marcaria a organização de uma administração colonial directamente relacionada com o territorio e os povos a govemar. Na economia, a estrategia colonial assentava na agricultura e na portação de matérias-primas. O como da borracha e do marfim, acrescido pela receta dos impostos tomados as populações, gerava des rendimentos para Lisboa.
Colonialismo
O fim da monarquia em Porto em 1910 e uma conjuntura internacional favora levariar as novas reformas ao dominio administrativo, agrário e educativo. No plano económico, inicia-se a exploração intensiva de diamantes. A DIAMANG (Companhia de Diamantes de Angola) é fundada em 1921, embora operasse desde 1916 na região das Lundas. Com o Estado que se pretende extensivo a Colonia, Angola passa a ser mais uma das provincias de Portugal (Provincia Ultramarina). A situação vigente, era aparentemente tranquila.
Independência
No segundo cartel do século XX, esta tranquilidade seria posta em causa com o aparecimento dos primeiros movimentos nacionalistas. Inicia-se a formação de organizações políticas mais explícitas a partir da década de 50 que, de uma forma organizada iam fazendo ouvir os seus gritos. Promovem campanhas diplomáticas no mundo inteiro, pugnando pela independência. O Poder Colonial, não cederia, no entanto, às propostas das forças nacionalistas, provocando o desencadear de conflitos armados directos, a “Luta Armada”. Destacaram-se na “Luta”. o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola) fundado em 1956, a FNLA Frente Nacional de Libertação de Angola que se rebelou em 1961 e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) que foi fundada em 1966. Depois de long anos de confrontos, o país alcança a independencia a 11 de Novembro de 1975.
Paz
Passados 27 anos da Independência e 41 do início da Luta Armada, eis que a Paz finalmente é consolidada a 4 de Abril de 2002 pelos acordos assinados no Luena, Moxico. 80.000 soldados da UNITA depõem as armas e são integrados na 50ciedade civil, nas Forças Armadas Angolanas e na Policia Nacional. A UNITA é transformada em Partido Político. A reconciliação Nacional e o Processo de Desenvolvimento e Reconstrução Nacional são para o Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, os principais objectivos da paz definitivamente alcançada em 2002, após longos anos de luta e negociações.
Democracia
Desde 1992, ano das primeiras eleições gerais, que a democracia multipartidária governa Angola, o MPLA conjuntamente com a UNITA e outras forças politicas com assento parlamentar, geriram magistralmente a reconstrução de um dos países de futuro mais promissor de África. Novas eleições foram realizadas em 2008. O MPLA, que sempre governou desde a Independência, soube preservar a identidade nacional, tendo dele saído os três primeiros presidentes que, governaram o país até ao momento. Primeiro o fundador da Nação Angolana, o Dr. Agostinho Neto, segundo o Eng. José Eduardo dos Santos que aquando da sua investidura, em 1979, era o mais jovem presidente do continente e actualmente o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço. Na cena internacional, Angola vem dando forte apoio a iniciativas que promovem a paz e a resolução de disputas regionais, favorecendo a via diplomática na prevenção do conflito e a promoção dos direitos humanos.