ANGOLA É O PRIMEIRO PAÍS LUSÓFONO QUE RECEBE E DÁ INÍCIO AS VACINAS CONTRA A COVID-19 .

Mar 3, 2021

Chegou no passado dia 2 de Março a Luanda, o primeiro lote de 624 mil vacinas da Astrazeneca/Oxford financiadas pela Covax. Segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, vacinação irá priorizar “pessoas mais expostas”. Grupo selecionado de 50 pessoas recebeu a primeira dose.

Dentre o grupo de pessoas, que beneficiaram já da vacina, a primeira angolana a receber a dose foi uma enfermeira reformada, de 71 anos de idade, que prestou trabalho na Angomédica.

A ministra da Saúde angolana inaugurou o depósito central de vacinas de Angola, esta terça-feira (02.03), dia em que chegou ao país o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 e foram vacinados os primeiros angolanos contra a doença.

As primeiras vacinas, que chegaram ao Aeroporto Internacional de Luanda pela manhã, começaram já a ser administradas a um grupo selecionado de 50 pessoas, incluindo profissionais de saúde, órgãos de defesa e segurança e doentes com comorbilidades.

Sílvia Lutucuta, que inaugurou o primeiro depósito de vacinas de Angola na Central de Compras de Medicamentos e Meios Técnicos (CECOMA), salientou que este é um pilar fundamental no caminho para reduzir ao mínimo o risco de propagação da doença.

Vacinar 20% da população

Para garantir o acesso justo e equitativo aos países de médio e baixo rendimento foi criada em abril de 2020 a iniciativa Covax, mecanismo a que Angola aderiu em julho de 2020 e ao abrigo do qual recebeu as primeiras doses de vacinas, sem custos.

As primeiras 624 mil doses que chegaram esta terça-feira (02.03) a Luanda fazem parte de um lote de 2 milhões e 172 mil doses que devem chegar ao país até ao final de maio deste ano, adiantou a responsável da Saúde.

“Esperamos receber, até ao final de junho, 6,4 milhões de doses desta vacina e outras que estiverem disponíveis – o que permitirá cobrir as necessidades da primeira etapa do plano de vacinação da Covid-19 do Ministério da Saúde cobrindo 20% da população nacional”, declarou.

Priorizar os vulneráveis

Nesta etapa, o objetivo é vacinar primeiro as pessoas mais expostas – incluindo pessoal de saúde, professores, forças de defesa e segurança, pessoas com comorbilidades e idade avançada e população a partir dos 40 anos.

Na segunda etapa, que cobre 10,4 milhões de pessoas, o Executivo angolano em parceria com organismos internacionais, incluindo a União Africana e governos amigos “está a trabalhar para assegurar a disponibilidade suficiente de vacinas para garantir a proteção deste grupo”, sublinhou Sílvia Lutucuta.

Vacinas produzidas na Índia

O primeiro lote de 624 mil vacinas da Astrazeneca/Oxford, da iniciativa Covax foi recebido no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro por membros dos Executivo angolano, entre os quais a ministra da Saúde – bem como vários parceiros incluindo representantes das Nações Unidas, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da delegação da União Europeia e da Organização Mundial de Saúde (OMS), estando também presente a embaixadora da Índia em Angola.

As vacinas foram produzidas no Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior produtor mundial de vacinas.

As vacinas da AstraZeneca/Oxford aprovadas pela OMS, foram também o principal meio usado para o controlo da pandemia no Reino Unido, completou a ministra da Saúde.

Pandemia é “teste de fogo”

Sílvia Lutucuta salientou que a pandemia é um teste de fogo à resistência das nações e à solidariedade dos países, da coordenação das ações de resposta e da resistência dos sistemas de saúde, acrescentando que o rápido desenvolvimento da produção de vacinas seguras abriu a possibilidade de prevenir esta doença através da vacinação.

No entanto, lembrou, “a grande competição mundial pelas mesmas e baixa capacidade de produção criaram dificuldades difíceis de ultrapassar, principalmente para os países em desenvolvimento”.

Angola foi o primeiro país lusófono a receber vacinas no âmbito da Covax.

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