Países ricos generalizam a campanha de imunização, enquanto nações desfavorecidas enfrentam uma penúria da vacina contra a Covid-19.
A Alemanha anunciou o fim do sistema de prioritização e a abertura da vacinação a todos os adultos a partir de 7 de junho, com o objetivo de ter toda a população imunizada até setembro.
Jens Spahn, ministro alemão da Saúde:“Pode dizer uma coisa com bastante certeza: na Alemanha, todos os que querem ser vacinados para se protegerem a si e aos outros, poderão fazê-lo a partir das próximas semanas e durante o verão.”
Mas o cenário é completamente distinto nos países desfavorecidos, dependentes do sistema internacional de distribuição de vacinas Covax. A Unicef e a Organização Mundial de Saúde pediram uma maior contribuição dos países do G7 e da União Europeia, frisando que é necessário mais 190 milhões de doses até ao fim de junho.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS:“A Pfizer comprometeu-se com 40 milhões de doses para a Covax este ano, mas a maioria só estará disponível na segunda metade de 2021. Precisamos de doses agora e pedimos que sejam entregues o mais rápido possível.”
A Ucrânia é um dos países com sérios problemas para se abastecer em vacinas. Dos seus 42 milhões de habitantes, apenas 8300 pessoas já se encontram imunizadas com uma segunda dose. A Covid fez até ao momento 50.000 mortos no país.
Lotta Sylwander, representante da Unicef:“A concorrência no mercado mundial pelas vacinas tem tornado bastante difícil para a Ucrânia aumentar a escala do seu programa de vacinação.”
Realidade oposta no Reino Unido onde, com cerca de 40 por cento da população imunizada, os ingleses podem novamente
aceder ao interior dos pubs, restaurantes, museus e salas de espetáculos, entre outros. Mas a variante indiana continua a precupar o país.
Matt Hancock, ministro da saúde do Reino Unido:“Há até ao momento 86 autoridades locais que nos comunicaram cinco ou mais casos confirmados. A principal preocupação agora é Bedford, onde estão a aumentar e estamos a testar.”
Numa nota positiva, estudos preliminares conduzidos nos Estados Unidos revelaram esta segunda-feira que as vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech deverão ser eficazes contra a variante indiana da Covid-19.